Blitz contra o mau hálito – Diário do Nordeste

Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Mau Hálito (Halitose). Conforme dados da Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca, 41,3% da população brasileira têm halitose. Como parte da programação que marca esta data, ontem foi realizada uma “Blitz do Hálito”, na Avenida Beira-Mar. Nesta segunda-feira, a mesma atividade será realizada na Praça do Ferreira, no Centro da cidade.Quem passava pela orla marítima teve a oportunidade de fazer o exame, através do Halímetro, que quantifica os odorivetores exalados pelo hálito. “Até 110 partículas por bilhão de enxofre, o hálito é imperceptível ao olfato humano. Acima desse índice, já existe halitose”, explica a dentista Daiane Rocha, presidente da Associação Cearense de Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca (ACPO).

A ação, segundo a presidente, objetiva alertar a população sobre a existência da halitose, além de ensinar quais os métodos de prevenir e combater o problema. “Há forma de controlar melhor o hálito”, explica Rocha. Ela lembra que a saburra lingual (massa formada por restos de alimentos, células mortas da boca, bactérias e saliva) gera mau hálito.

Por isso, ensina que a língua precisa ser limpa e merece os mesmo cuidados de assepsia destinados aos dentes. “Queremos divulgar que os limpadores de língua existem e devem ser usados”, revela. Esse produto, de acordo com a dentista, pode ser encontrado em farmácias.

Ela lembra que o estresse é um dos fatores que causa a halitose. Ressalta que há profissionais capacitados para combater especialmente o problema. “A halitose não é doença”, garante. Ela, segundo Rocha, é um sintoma de que a pessoa pode estar sendo acometida por alguma enfermidade.

A blitz, que está sendo utilizada também para catalogar os casos de halitose e se descobrir quantos cearenses sofrem do problema, deve ser realizada bimestralmente. Cerca de duas mil pessoas fizeram o teste para averiguar se têm mau hálito. A maior parte, de acordo com a dentista, jamais tinha feito o exame.

É o caso da professora Ana Catarina Ibiapina. “Nunca tinha nem ouvido falar desse exame”, afirmou a educadora. Ela gostou da iniciativa e disse que continuará a passar pelo Halímetro constantemente. A professora também garantiu que será uma multiplicadora das informações recebidas dos profissionais de saúde e através de cartilhas educativas, que eram distribuídas na Avenida Beira-Mar. “Vou repassar essas orientações para os meus alunos”, disse.

fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=108744

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